Armor Capital, gestora de veterano ex-Bradesco, estreia fundo ‘apimentado’ nas plataformas
por Rennan Setti –
11/09/2020 – 14h59
(Fonte: O Globo – Capital – https://blogs.oglobo.globo.com/capital/post/armor-capital-gestora-de-veterano-ex-bradesco-estreia-fundo-apimentado-nas-plataformas.html )
A Armor Capital, gestora fundada este ano pelo ex-tesoureiro do Bradesco Alfredo Menezes, está finalmente se abrindo para os clientes das plataformas de investimento.
O Armor Axe, seu principal fundo multimercado, chegou à prateleira aberta do BTG Pactual digital e, segundo Menezes, negocia para fechar com a XP. O objetivo é estar disponível em todas as principais plataformas até outubro.
Com 240 milhões sob gestão — hoje, a maioria do patrimônio vem do bolso de sócios, familiares e amigos —, a Armor Capital aposta em fundos com maior volatilidade para oferecer retornos mais atraentes aos clientes diante dos juros baixos.
O Armor Axe, por exemplo, tem volatilidade de 18%, quase cinco vezes acima da média de mercado. Por causa dessa estratégia “apimentada”, o veículo é exclusivo para investidores qualificados — aqueles com pelo menos R$ 1 milhão em ativos. A aplicação inicial mínima é de R$ 50 mil, e a taxa de administração é de 2% ao ano, com taxa de desempenho de 20% sobre retornos acima do CDI (referência para aplicações de baixíssimo risco).
Hoje, cerca de 40% da carteira estão aplicados em títulos de dívida de empresas brasileiras emitidos no exterior, nos quais Menezes enxerga “spreads” mais gordos que os papéis lançados pelas mesmas companhias no Brasil.
Algoritmos à vista
O restante do portfólio está aplicado em juros, ações americanas e posições de “long and short” — aposta na alta de algumas ações, conjugada com instrumentos que ganham com a desvalorização de outros papéis — na Bolsa brasileira.
— Aqui, estamos “comprados” (apostando na alta) em ações do Banco do Brasil, já que sua carteira de crédito é fortemente concentrada em crédito para o agronegócio, que está bombando, e seu risco de inadimplência em outras linhas é muito menor, já que grande parte dos seus clientes é de funcionários públicos — explicou Menezes.